quarta-feira, 26 de setembro de 2012

um tudo de nada

Eu não pedia muito mais que um carinho, muito mais que uma palavra sincera ou um simples abraço sentido.
Dispensava bem todas as mentiras, todos os actos e palavras momentâneas vindas do nada e sem nexo.
Dispensava todos os momentos de puro prazer se eles não fossem para durar.
Dispensava apaixonar-me por algo tão fútil, tão transparente e tão falso, tão igual a tudo o resto que nunca existiu a não ser na minha própria mente e nada mais para além disso, simples pura ficção.
Contínuo sem pedir muito mais que algo verdadeiro, algo puramente natural, algo apaixonante e diferente duma forma única, mas acabei por me sentir destruída como se fosse feita de plástico ou papel; como se passasse todas as sensações por mim e eu já não sentisse nada; como se tudo não fosse nada mais que um enorme sonho sem o mínimo de sentido ou sentimento.
É tudo tão básico de se ver, tudo tão fácil de julgar e tão estranho de esconder, é tudo isto que resta duma ilusão ou desilusão talvez.. dum nada; duma história com princípio, meio e termina com um ponto final e não com um final feliz; duma parvoíce ou até infantilidade da qual não restou conteúdo absolutamente nenhum.
Por fim, não é nem nunca foi um conto de fadas, foi sempre um tudo de nada..

Sem comentários:

Enviar um comentário