sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Rotina do ser humano

Quantos de nós já escreveram uma mensagem enorme e na hora de enviar apagaram tudo, deixando algo completamente banal? Quantos de nós já não esteve decidido a falar tudo o que sente e na hora H, perderam-se as palavras? Quantas vezes desejámos ser alguém que não somos? Dizer algo que não dissemos? Fazer algo que não fizemos?
Quantas vezes pusemos um sorriso falso na cara, enganando o resto do mundo a achar que era verdadeiro? Quantos de nós já desejaram que alguém olhasse com atenção e dissesse 'o que se passa? esse não é o teu sorriso verdadeiro' ?
Quantos de nós já nos sentimos protegidos por algo que por fim desapareceu? Achámos talvez que determinada pessoa nos conhecia realmente bem e na volta, até não..
Quantas vezes já tivemos vontade de dizer 'não! agora, eu vou ser feliz', pelo menos, eu já fiz isso uma milhentas vezes mas também já tive alturas em que acreditei que a felicidade não existia.
Já falei de alguém para ver a outra pessoa com ciúmes, e também já tive ciúmes por falarem de alguém.
Quantas vezes nos aconteceu, acharmos que conhecemos determinado sitio como a palma das nossa mãos, e depois ainda nos perdemos num mundo que consideramos nosso?
Quantos de nós já inventou palavras, convictos de que elas existiam no dicionário, mas não e ainda nos rimos da imaginação parva que temos?
Quantas vezes desejei ir passear junto ao mar ou apenas colocar os phones nos ouvidos e manter o mundo exterior bem afastado de mim? Já perdi a conta, foram vezes infinitas que se repetem dia-a-dia.
Não creio que seja apenas eu que fique irritada ou com vontade de chorar sem motivo aparente, apenas porque, pronto, apetece-me, necessito e não quero ser julgada por isso..
Quantas vezes dissemos que iríamos começar a pensar 1º em nós próprios e depois ficamos sempre para o fim? Ou até para resolver alguma situação, ou simplesmente arrumar o quarto, quantas vezes dissemos 'faço amanhã ou depois' mas a verdade é que o tempo se vai prolongando sempre assim, e quando reparamos, o nosso quarto parece a selva da Amazónia.
Quantas vezes olhámos para algo pela 1ª vez e pensámos 'é lindo/a, eu quero!' , (principalmente com roupas) mas depois de as termos já não são assim tão belas. Na realidade, a beleza delas sempre foi aquela, mas o ser humano tem sempre o puder de achar magnifico, algo que não tem. Queremos sempre algo que não temos ou não podemos ter, porque isso sim, isso é que tem valor; mas desvalorizamos sempre o belo que temos.

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